segunda-feira, 9 de maio de 2011

Livro do Gênesis

Gênesis significa nascimento, origem. GÊNESIS contém os grandes temas teológicos, não somente do Pentateuco, mas da Bíblia em geral: a Aliança de Deus com a humanidade, o pecado do homem, a nova promessa de Aliança, e da Terra Prometida, a bênção de Deus garantindo a perenidade do Povo, o monoteísmo javista.

No livro podemos distinguir 03 partes:

Na primeira parte, A graça de Deus, composta pelos capítulos de 1 a 11, podemos observar:

1,1-2,4a: Um poema que louva a criação de Deus: um mundo ordenado, perfeito e belo:

“Deus viu tudo o que tinha feito: e era muito bom” (Gn 1,31).

2,4b-25: Novo relato sobre a criação do homem, dos animais e da mulher. O homem e os animais são modelados por Javé Deus, o oleiro carinhoso, por meio da terra, a fonte da vida. Da costela do homem — parte do corpo em que reside o amor, segundo a antiga tradição judaica —, Javé Deus constrói a mulher. A criação é de vida, amor e gratuidade.

Os capítulos 3-11 mostram a história dos homens dominada pelo mal e, ao mesmo tempo, amparada pela graça. A argumentação da serpente atinge o ponto central do ser humano: o desejo de ser como Deus e alcançar a imortalidade. Ao comerem do fruto, homem e mulher tomam consciência de sua realidade diante de Deus; não respeitando os limites, eles romperam o relacionamento com Deus e com os outros seres vivos. A realidade de auto-suficiência é uma constante na vida do ser humano,

3,1-24: O ser humano é castigado, expulso do jardim, mas Javé Deus não o abandona: “Javé Deus fez para o homem e sua mulher túnicas de pele e os vestiu” (3,21).

4,1-26: O nascimento de Caim e Abel e o rompimento da fraternidade. Deus continua protegendo o ser humano para além do jardim. Opta pelo mais fraco: assume o partido de Abel. Mas, ao mesmo tempo, não se distancia de Caim, mantém com ele o diálogo, castiga, ama e protege: “Quem matar Caim será vingado sete vezes” (Gn 4,15).

A maldade do ser humano é crescente, a ponto de Deus se arrepender e afligir-se o seu coração (Gn 6,6). Diante dessa realidade, Deus toma a decisão de destruir a sua criação (6,7.11-12.13). Ele envia

o dilúvio, que destrói tudo o que há na superfície da terra, mas abre uma esperança para a humanidade:

faz uma nova aliança com Noé. Com Noé, renovam-se as esperanças de nova humanidade:

“Eis que estabeleço minha aliança convosco e com os vossos descendentes depois de vós, e com todos

os seres animados que estão convosco, todos os animais da terra” (Gn 9,9-10).

A aliança de Deus com Noé e com toda a humanidade é para sempre: “Não haverá mais dilúvio para devastar a terra” (Gn 9,11b). Essa aliança será renovada com o povo de Israel e, em Jesus, chegará a todos os povos. Deus continua renovando sua aliança com cada pessoa humana.

Fonte: trabalho realizado pelas alunas da Escola da Fé em 2007

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